Sistema sensorial no TEA

Sistema sensorial no TEA

Psicoamigos,
Sabemos que não existe escola para pais!

Tem alguns cursos e páginas como essa que ajudam a disseminar informações, mas a verdade é que os desafios são muitos e diversos a cada dia que passa.

E percebemos que vocês estão cada vez mais curiosos e sedentos por informações seguras e confiáveis, além de comprovadas cientificamente.

Para isso, buscamos deixar a fonte e citar os autores caso queiram se aprofundar!

Enfim, vocês estão de parabéns e graças a essa fome de conhecimento, a página está crescendo e ganhando mais adeptos ao projeto @psicopedagogariodejaneiro / @encontrodosaber.

Passado isto, vamos ao que interessa!!!

Sistema sensorial

Nós aprendemos desde pequeno que existem cinco sentidos. E fizemos diversos exercícios na escola para distinguirmos e reconhecermos a importância de cada um deles na nossa vida cotidiana.

Mas como sempre quando criança aprendemos parte do que de fato é, ao tornarmos adultos, nos revelam que existem não só 5 sentidos, mas sim 7 ou em algumas literaturas, até 8 sentidos, pois há uma subdivisão do sistema proprioceptivo em inter e intra.

Os sete de que abordaremos aqui são: tátil, vestibular, proprioceptivo , gustativo (paladar), auditivo, olfativo, visual.

Todo o sistema sensorial (informações captadas pelos 7 sentidos) são recebidas pelo cérebro que é responsável por passá-las para áreas do sistema nervoso central – SNC. Este processo é a “base para o desenvolvimento de muitas competências, como a percepção, a linguagem, a atenção, a memória e o pensamento abstrato” (SERRANO, 2016, p12).

O sistema sensorial interfere diretamente no processo da aprendizagem. Portanto daí a importância dos estudos de Ayres na década de 60, com a teoria da integração sensorial definida como “processo neurológico que organiza a sensação do próprio corpo e do ambiente e torna possível usar o corpo eficientemente no meio”, ou seja, ela foi pioneira em descobrir que de nada adianta estudar os sistemas individualmente, pois cada um precisa do outro para se corresponder.

Exemplos práticos nos mostram isso:

Uma criança no balanço sozinha para realizar de forma correta a ação de se balançar livremente precisa estar com todos os sentidos integrados. Por quê? Imagine toda a cena…
A criança precisa perceber o seu corpo no espaço (proprioceptivo), enquanto ela observa se consegue sentar corretamente no assento(visual, tatil e proprioceptivo), depois ela vai dar impulso para se balançar (vestibular) e no local poderá sentir o cheiro das flores, da terra e da grama (olfativo) e começa cantarolar (auditivo) enquanto se balança. Neste momento sua mãe que a observa se aproxima e lhe oferece água, pois percebe que ela está com sede (gustativo).

Perceberam que as nossas informações não caminham sozinhas ou são independentes.
Elas são integradas.

Agora imagina que a criança nessa simples ação de se balançar, tem hipo ou hipersensibilidade a algum dos sentidos…

Uma simples brincadeira, torna-se um verdadeiro caos e está armada a confusão… birra, choro… uma desorganização completa, alteração de comportamento e pais exautos que a essa altura não imaginam que uma simples brincadeira pode proporcionar emoções fortes (positivas ou negativas).

Fiquem ligados nos próximos posts onde serão pincelados os sistemas sensoriais e formas de adaptação das crianças ao seu meio.

Nem tudo está perdido! Precisamos implementar o hábito do PARE, Oberve e pense… vamos falar sobre ele.

Para tudo tem uma saída…

Espero que estas informações tenham sido úteis! Não deixem de comentar e compartilhar!

Abraços… até, psicoamigos…