DISCALCULIA

DISCALCULIA

Calma! Você não está no local errado! Isso é o perfil de uma psicopedagoga que resolveu abordar para vocês um transtorno de aprendizagem muito pouco discutido e abordado devido a sua complexidade e o mistério que ronda este transtorno: a dificuldade intrínseca com habilidades matemáticas.

MATEMÁTICA sempre foi e é o terror de muita gente!

Uma disciplina que é polarizada como muitas coisas que conhecemos! Amada por uns e odiada por muitos!

Mas neste texto vou buscar ser muito literária, uma vez que não é um tema que domino na prática, mas estudiosa como sou, devo saber investigar as habilidades com escrita, leitura e cálculo. Tudo faz parte da APRENDIZAGEM.

E como bons psicopedagogos devemos reconhecer sinais de dificuldades matemáticas muito precocemente! Pois como a neurociência nos ajuda, é preciso estimular e criar novas conexões neurais.

Quando o cérebro não tem o funcionamento adequado das áreas correspondente as habilidades necessárias, neste caso, matemáticas, ele arruma meios de compensação. Ou seja utiliza mais outras áreas não matemáticas para atingir os objetivos matemáticos.

Ficou difícil! Calma! Posso dar exemplos:

O nosso cérebro é dividido em lobos (partes) e cada um é responsável por habilidades específicas: linguística, motora, auditiva, visual, sensorial e outras. As partes específicas para o desenvolvimento de habilidades matemáticas no cérebro humano estão nos lobos parietal, occipital e temporal que são reponsáveis pelo processamento do raciocínio matemático e pela noção de tempo e espaço.

Nos discalcúlicos ocorre um funcionamento ineficiente nessas áreas trazendo prejuízos importantes na vida. Pois as habilidades matemáticas, ao contrário do que pensávamos nos tempos de escola, é a base de tudo na vida.

O cérebro encontra meios de compensar estas dificuldades. Que podemos perceber no trabalho psicopedagógico, que cria estratégias metacognitivas para ajudar a encontrar soluções por meios criativos, inventivos e confortáveis, já que por vieses padrões reproduzidos em escolas não são neurobiologicamente possíveis.

A discalculia vai se resumir em dificuldades intrínsecas com o pensar matemático, ligado a inabilidade de relacionar senso numérico, memorizar fatos aritméticos, precisão ou fluência de cálculo e raciocínio matemático.

Como o nosso cérebro tem alta capacidade de se remodelar enquanto criança, devido ao frenesi de neurônios se conectando e criando sinapses, principalmente nos três primeiros anos de vida, a observação precoce de sinais de dificuldades matemáticas precisam ser observadas:

Correspondência – distribuição mental de elementos em um espaço: colocar a mesa e saber corresponder um lugar para cada pessoa.

Comparação: maior e menor

Classificação: conjuntos

Conservação: compreensão do conceito, criando a imagem mental do significado.

Reversibilidade: fazer, desfazer e refazer uma ação motora.

Em maior ou menor grau de cobrança, conceitos matemáticos desenvolvem o cérebro. E saber disso ajuda num diagnóstico precoce.

Precisamos portanto saber diferenciar dificuldade de transtorno.

Dificuldade quando trabalhada ela é superada, transtorno precisa de estratégias adaptativas para se atingir o objetivo que não pelo modelo padrão conseguirá facilmente atingir.

Usemos portanto materias concretos e exploremos a possibilidade de vivência e experienciação pelos pequenos.

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Referência bibliográfica:

GERMANO, Giseli Donadon/ compreendendo os transtornos específicos da aprendizagem: compreendendo a discalculia. Vol3. Ed: Book toy, 2019.